Resumo

Este artigo tem por objetivo apresentar, a partir de nossas compreensões em torno da convivência em diálogo, na comunidade de trabalho, o quem somos e a construção colaborativa no fazer dessa prática social, com a finalidade de compreender melhor nossos traços identitários e os processos educativos que emergem desse contexto. Além disso, tem a finalidade de discutir como, considerando-se os processos educativos, pode-se pensar na extensão enquanto tripé de sustentação da universidade. Ao fazer extensão popular, nutrimos uma perspectiva teórica e epistemológica para a extensão universitária que seja capaz de sugerir caminhos possíveis para outras realizações entre a universidade e a sociedade, e entre a sociedade e a universidade, ou seja, em ambos os sentidos, na busca pelo enfrentamento da desumanização em curso.

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