Extensão universitária como espaço de produção de conhecimento e experiência do circo
Por Gláucia Andreza Kronbauer (Autor), Rita de Cássia Fernandes (Autor).
Resumo
As atividades circenses contemplam ampla variedade de manifestações da cultura corporal elaboradas pela humanidade em diferentes tempos e espaços de sua história. Fruto de misturas, atravessamentos, disputas de memórias que se (re)fazem na polissemia, independentemente do contexto em que aparece, o circo possui no corpo o seu principal artista. Ora sublime, ora grotesco, o corpo no circo expõe a potência humana e nos conecta com a totalidade a partir daquilo que não realizamos como indivíduos, mas que temos a possibilidade de realizar como sociedade. Ao tratar da contemporaneidade circense, Ermínia Silva nos advertia que “é preciso pensar o circo a partir de épocas e sociedades concretas, nas quais estabelecem relações específicas com tradições, valores, hábitos e manifestações culturais” (SILVA, 2003, p. 1). Isso significa que o circo nunca deixou de dialogar com o contexto, conformando uma linguagem artística que reúne os saberes populares, as inovações e outros elementos característicos de cada época.