Fadiga Mental Não Altera a Recuperação da Frequência Cardíaca, Mas Afeta o Desempenho de Jogadores de Handebol
Por Eduardo Macedo Penna (Autor), Edson Filho (Autor), Bruno Teobaldo Campos (Autor), Daniel Alvarez Pires (Autor), Fábio Yuzo Nakamura (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 24, n 5, 2018. 4 Páginas. Da página 347 a 351
Resumo
Introdução:Este estudo envolveu uma análise do impacto da fadiga mental sobre a recuperação da frequência cardíaca (RFC), medidas subjetivas de fadiga e desempenho de corrida intermitente em jogadores de handebol.Objetivo:Este estudo visou (1) examinar os efeitos de um estado induzido de fadiga mental no desempenho aeróbico de jogadores de handebol, medido pelo teste Yo-Yo IR1 e (2) explorar possíveis alterações na regulação da frequência cardíaca através da análise da RFC.Métodos:Doze jogadores de handebol (idade: 17,50 ± 3,63 anos, 5 ± 2,2 anos de prática) realizaram um teste Yo-Yo IR1 em duas ocasiões, com pelo menos 72 horas de intervalo. O teste Yo-Yo IR1 foi precedido por tratamento de 30 minutos que consistiu no teste Stroop Color-Word para induzir estado de fadiga mental. Os participantes na condição de controle assistiram a um vídeo emocionalmente neutro.Resultados:Foram observadas taxas mais elevadas de fadiga mental e esforço mental após o teste Stroop para o grupo experimental. Não foram observadas diferenças na motivação entre as condições. Além disso, a indução de fadiga mental prejudicou o desempenho de corrida e levou a maior PSE durante o teste Yo-Yo IR1. Não obstante, não foram observadas alterações na RFC nem nas concentrações de lactato sanguíneo entre as condições.Conclusão:Em conjunto, esses resultados sugerem que a fadiga mental afeta o desempenho de corrida intermitente, sem alterar os valores de RFC. Nível de Evidência III; Estudo de caso-controle.