Resumo
O objetivo do presente estudo foi comparar o efeito do treinamento realizado até a falha (TFM) ou não falha muscular (TNFM) nos ganhos relativos de força e hipertrofia muscular (valores médios e individuais), bem como na amplitude do sinal eletromiográfico (EMGRMS). Dez homens que não realizavam qualquer tipo de treinamento de força participaram do estudo. Cada membro inferior dos voluntários foi alocado em um dos protocolos de treinamento (equiparados pelo volume) realizados de forma unilateral no exercício extensor de joelhos. Ambos os protocolos foram realizados com 3-4 séries, pausa de 3 minutos e a 50-60% de uma repetição máxima (1RM). Foram medidas antes e após 14 semanas de treinamento as áreas de secção transversa (AST) dos músculos reto femoral e vasto lateral, força máxima dinâmica e isométrica (1RM e CIVM), resistência de força (número máximo de repetições a 70% de 1RM - NMR). Além disso, a ativação neuromuscular (EMGRMS normalizada) foi mensurada na 2ª e 35ª sessões de treinamento. A análise das médias mostrou que ambos os protocolos induziram aumentos relativos similares de força e hipertrofia muscular. Entretanto, a análise dos dados individuais indica que o TNFM pode promover respostas similares ou até maiores de hipertrofia e resistência de força que o TFM, quando são realizados com mesmo volume. Além disso, as respostas de EMGRMS normalizada avaliadas durante a 2ª e 35ª sessões de treinamento foram similares entre protocolos para os músculos reto femural e vasto lateral. Portanto, ambos os protocolos de treinamento, executados com mesmo número de repetições, produziram respostas semelhantes de desempenho de força máxima e ativação neuromuscular. Contudo, a execução do TNFM poderia ser uma estratégia de treinamento mais apropriada para aumentar a hipertrofia muscular (vasto lateral) e o desempenho de resistência de força em indivíduos não treinados quando comparado ao TFM.