Fanatismo, alegoria e a ficção exaltada na pele
Por Lourdes Malerba Gabrielli (Autor), Selma Peleias Felerico Garrini (Autor).
Em 41º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação - Intercom
Resumo
O artigo pretende explorar aproximações entre fanatismo e a alegoria do barroco, considerando que, para a retórica, a geração de adesão está diretamente ligada ao despertar de paixões e geração de afeto. O estudo foi realizado a partir de um levantamento nas mídias sociais e de uma pesquisa investigativa qualitativa em profundidade efetuada em 2018 com dez torcedores, quando percebe-se o fanatismo nas transformações do corpo por meio das tatuagens. São levados em consideração os aportes teóricos do barroco, com ARGAN, do Neobarroco com CALABRESE, da adesão e convencimento com PERELMAN e do corpo e seus sinais de identidade com LE BRETON. Nas entrevistas transparece a ideia de transformar o corpo conforme seus desejos. Assim, o sujeito muda seu sentimento de identidade, mostrando que o corpo é um objeto maleável ou uma forma provisória