Resumo

O objetivo foi analisar a prevalência e os fatores associados a autopercepção negativa da aptidão física em universitários das instituições federais do estado da Bahia. Foi realizado um estudo transversal com 1.506 estudantes das seis universidades federais da Bahia (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Universidade Federal da Bahia, Universidade Federal do Oeste da Bahia, Universidade de Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Universidade Federal do Vale do São Francisco e Universidade Federal do Sul da Bahia) em 2019. O desfecho foi o relato da autopercepção negativa da aptidão física. As variáveis independentes incluíram informações sociodemográficas, de vínculo com a universidade, comportamentos relacionados à saúde e características perceptivas sobre saúde, estresse e satisfação com a vida. Para a estimativa da associação foram empregadas as Razões de Prevalências (RP), nas análises brutas e ajustadas, complementadas com o intervalo de confiança a 95% (IC95%). A prevalência de universitários que perceberam a aptidão física como negativa foi 36,9%. Observou-se que as mulheres (RP = 1,29; IC95% = 1,09 – ¬¬1,50), estudantes com tempo sentado de 8 horas ou mais por dia (RP = 1,22; IC95% = 1,05 – 1,41), que praticavam atividades físicas até 149 minutos por semana (RP = 1,37; IC95% = 1,19 – 1,59), que autoavaliaram a saúde como negativa (RP = 1,82; IC95% = 1,56 – 2,11), que perceberam o estresse na vida como negativo (RP = 1,36; IC95% = 1,15 – 1,61) e que não estavam satisfeitos com a vida (RP = 1,41; IC95% = 1,21 – 1,65) apresentaram maiores prevalências de autopercepção negativa da aptidão física. Conclui-se que aproximadamente quatro em cada 10 estudantes percebem a aptidão física como negativa. O sexo, idade, atividade física, tempo sentado, autopercepção de saúde, autopercepção de estresse e satisfação coma vida associaram-se com a autopercepção da aptidão física.

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