Resumo

Este estudo teve como objetivo investigar os fatores associados à inatividade atividade e comportamento sedentário em relação às variáveis individuais, socioeconômicas e ambientais de mulheres residentes em uma zona urbana de diferentes níveis socioeconômicos. Estudo transversal, com coleta dados através de entrevistas domiciliares em 538 mulheres com filhos de até 10 anos. Inatividade física foi avaliada por três diferentes indicadores: classificações do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), tempo por semana de atividade física recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) (mínimo150 minutos/semana) e o tempo gasto sentado em um dia de semana maior que 360 minutos/semana como indicador de comportamento sedentário. Modelos de regressão logística foram ajustados a fim de encontrar os fatores associados a cada indicador. Caminhada como uma atividade de lazer e usar carro como meio de transporte permaneceram associados ao escore de inatividade física do IPAQ (OR 0,24 95% IC 0,11; 0,50; OR1,87 95% IC 1,25; 2,81) e das recomendações da OMS (OR 0,20 95% IC 0,08; 0,48; OR 1,77 95% IC 1,16; 2,70). O comportamento sedentário foi associado à presença de empregada doméstica na residência (OR 2.14 IC 95% 1.31; 3.50) e perceber como barreira para
a atividade física não ter dinheiro (OR 0.29 IC 95% 0.12; 0.65). A inatividade física das mulheres investigadas esteve associada a fatores individuais, psicossociais e de percepção do ambiente. Assim, o delineamento de intervenções, programas e políticas públicas em áreas urbanas deve considerar a interação de todos os fatores numa abordagem compreensiva e sistêmica para a promoção da saúde e prevenção da obesidade no grupo materno infantil.

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