Resumo

Este estudo teve como objetivo estimar a prevalência de osteoporose em idosos em tratamento em centro de referência designado e identificar fatores associados. A pesquisa teve delineamento transversal e analítico, envolvendo coleta de dados de prontuários e entrevistas com idosos em tratamento no Centro de Referência em Atenção à Saúde do Idoso (CRASI), especificamente aqueles que realizaram exames de densitometria óssea nos anos 2017 e 2018. Foi realizada análise bivariada para explorar a associação entre osteoporose e diversas características do grupo, incluindo perfil sociodemográfico, Índice de Massa Corporal (IMC), hábitos de vida, cuidados e condições de saúde. As variáveis ​​que apresentaram associação até um nível de significância de 20% ( p  ≤ 0,20) foram avaliadas coletivamente por meio de regressão múltipla de Poisson com estimador robusto. Somente variáveis ​​que apresentaram nível de significância de até 5% foram admitidas no modelo final. A prevalência de osteoporose foi de 48,5%. No modelo final foram identificadas como associadas as seguintes variáveis: sexo feminino ( RP = 1,88; IC95%: 1,36 - 2,60), idade acima de 80 anos ( RP = 1,55; IC95%: 1,29 - 1,85), IMC menor que 22 ( RP = 1,23; IC95%: 1,02 - 1,49) e como fator de proteção, IMC acima de 27 ( RP = 0,52; IC95%: 0,41 - 0,67). Concluindo, foi observada alta prevalência de osteoporose, com associações identificadas entre osteoporose e fatores modificáveis, como baixo peso, bem como fatores não modificáveis, incluindo sexo e idade. Não foram discernidas associações significativas com variáveis ​​relacionadas aos hábitos de vida.

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