Resumo

Este estudo buscou analisar a prática de atividade física entre universitários durante a pandemia de COVID19, e os fatores associados. Trata-se de estudo transversal de abordagem analítica, realizado com 857 universitários matriculados em instituições de ensino superior de Montes Claros-Minas Gerais. A coleta de dados foi realizada através do formulário Google forms, divulgado por redes sociais, contendo perguntas referentes ao perfil sociodemográfico, prática de atividade física, fatores clínicos, hábitos comportamentais e de saúde. Realizou-se análise descritiva exploratória dos dados, com distribuição de frequências das variáveis do estudo. Em seguida foram realizadas análises bivariadas e as variáveis associadas até o nível de 20% (p ≤ 0,20) foram selecionadas para a análise múltipla através da Regressão de Poisson. A prevalência de ausência da prática de AF durante a pandemia foi de 56,8% entre os universitários. Variáveis como estar com companheiro (RP=1,28), presença de doenças respiratórias (RP=1,17), autopercepção negativa da saúde (RP=1,37), aumento do consumo de alimentos ultraprocessados (RP=1,29) e presença de depressão (RP=1,21) demonstraram associações estatisticamente significativas com a prática de atividade física. Neste estudo, observou-se elevada prevalência de universitários que não praticam AF durante o isolamento social, sendo associado a diversos fatores, como o estado conjugal, à presença de doenças, hábitos alimentares e a autopercepção do estado de saúde. Dessa forma, tais características podem subsidiar intervenções com o intuito de incentivar hábitos saudáveis e sobretudo, promover a prática de AF como promoção a saúde física e mental.

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