Fatores Associados à Prática de Dança de Salão em Idosos Residentes na Comunidade Dados do Fibra Polo Unicamp
Por Camilla Rodrigues Gomes (Autor), Samila Sathler Tavares Batistoni (Autor), Ruth Caldeira de Melo (Autor), Taiguara Bertelli Costa (Autor), Anita Liberalesso Neri (Autor).
Resumo
A presente pesquisa buscou identificar fatores associados ao envolvimento em dança de salão entre variáveis de natureza sociodemográfica, de indicadores de saúde, de atividade física e de bem-estar psicossocial. Participaram do estudo 230 idosos (72,2 ± 5,5 anos; 63,04% mulheres) que compõem uma subamostra do estudo Fibra (Rede de Estudos sobre Fragilidade em Idosos Brasileiros) os quais não apresentaram déficits
cognitivos e responderam afirmativamente para o envolvimento em dança de salão em levantamento realizado a partir da aplicação do Minnesota Leisure Time Activity Questionnaire. Cerca de 87% dos idosos foram classificados como fisicamente ativos, obtendo média de dispêndio energético semanal de 2334,1 METs (DP = 2897,9). O dispêndio energético médio em dança de salão (997,7 METs; DP = 1124,1) representou 40% do gasto energético semanal em atividades físicas gerais. Houve associações entre maior dispêndio energético em dança de salão e níveis de renda, autoavaliação de saúde e suporte social. Análise de regressão logística multivariada apontou que relatar boa ou muito boa autoavalição de saúde e graus moderados e altos de suporte social foram significativamente associados ao maior dispêndio energético em dança de salão. Tais resultados sugerem que a prática de dança de salão, para os idosos da amostra, está associada a indicadores positivos de saúde e qualidade de vida no auxílio à manutenção de um envelhecimento ativo.