Fatores Associados Ao Nível de Atividade Física em Universitários de Um Curso de Educação Física
Por Pedro Henrique Wachsmuth Silva (Autor), Edson Júnior Correia Ramalho Frazão da Silva (Autor), Guilherme Silva Magalhães (Autor), Christian Costa Fernandes (Autor), Andressa Moura Costa (Autor), Samanta Garcia de Souza (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
INTRODUÇÃO: Na atualidade é cada vez mais perceptível o aumento de facilitadores/mecanismos que poupam o esforço físico, seja nos afazeres domésticos ou no trabalho, afetando assim as atividades
cotidianas. Na fase universitária, por vezes a prática de atividade física é negligenciada devido as ocupações acadêmicas, estando associada a outras mudanças de estilo de vida. Identificar a prevalência
e fatores associados ao sedentarismo entre alunos de um curso de Educação Física. MATERIAIS E MÉTODOS: O presente estudo é caracterizado como transversal, analítico, de análise quantitativa.
A amostragem foi probabilística por conglomerados e composta por alunos de primeiro e oitavo período, do curso de Educação Física da Universidade Estadual de Goiás, na capital Goiânia (Campus
Eseffego).
Na coleta de dados, utilizou-se uma ficha sociodemográfica com informações sobre sexo, idade, período, classe econômica (ABEP, 2015), consumo de álcool e tabagismo, e o Questionário Internacional
de Atividade Física (IPAQ), para identificação da prevalência de tabagismo. Utilizou-se estatística inferencial pelo teste qui quadrado, e o valor de p foi fixado em 5%. RESULTADOS: O estudo contou
com a participação de 92 alunos, dos quais, 62% (57) tinham até 20 anos de idade, com prevalências iguais de homens e mulheres (50%), e 62% (57) de alunos no primeiro período. A maioria da amostra
foi composta por alunos de classe média (45,7%), não tabagistas (96,7%) e que consomem álcool (57,6%). Quanto a avaliação do nível de atividade física, 75% (69) foram classificados como ativo e
muito ativo, 19,6% (18) irregularmente ativo e 5,4% (5) foram considerados sedentários. Identificou-se que a faixa etária (acima de 20 anos) (p=0,008) e consumo álcool (p=0,003) foram fatores associados
ao sedentarismo. Quando comparados por períodos, observou-se ainda associação entre sedentarismo e fase de conclusão de curso, no qual todos os alunos sedentários estavam no 8º período (p=0,001).
CONCLUSÃO: A prevalência de sedentarismo pode ser considerada baixa, entretanto, o nível de atividade física dos participantes ainda não é satisfatório. O sedentarismo entre alunos retrata a realidade
de acadêmicos em fase final de curso, entretanto, é um dado preocupante por se tratar de alunos de um curso de Educação Física e pelo que se espera deste futuro profissional.