Resumo


Este estudo transversal, de base populacional e domiciliar, investigou a prevalência e os fatores asso-
ciados ao tempo sentado em idosos de uma comunidade rural do sul do Brasil. Foram entrevistados
477 idosos (≥ 60 anos), de ambos os sexos, residentes no município de Antônio Carlos, estado de Santa
Catarina (2010-2011). O tempo sentado (questionário) foi distribuído em tercis, sendo considerado
dois grupos: < 6 horas/dias e; ≥ 6horas/dia (maior tercil). As variáveis explanatórias foram sexo,
idade, saber ler e escrever, arranjo familiar, ocupação ao longo da vida, trabalho atual, número de
morbidades, quedas, estado nutricional, estado cognitivo, tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas.
A Regressão de Poisson [razão de prevalência (RP) e intervalo de confiança (IC) 95%] foi usada para
verificar as associações. O tempo médio sentado foi de 5,5 ± 3,22 horas/dia. A proporção de idosos no
maior tercil do tempo sentado foi 43,8%. O maior tercil do tempo sentado foi positivamente associa-
do (análises ajustadas) aos idosos mais velhos (RP 1,02; 95%IC: 1,01-1,04), ao sexo masculino (RP
1,23; 95%IC: 1,04-1,45), aos que viviam acompanhados (RP1;38; 95%IC:1,02-1,86), aos que
trabalharam na agricultura ao longo da vida (RP1,24; 95%IC: 1,04-1,48) e aos que não estavam
trabalhando (RP1,21; 95%IC:1,02-1,44). A prevalência de idosos no maior tercil do tempo sentado
foi menor nos idosos analfabetos (RP 0,70; 95%IC=0.55-0.89), nos idosos que nunca fumaram (RP
0,60; 95%IC: 0,46-0,78) e naqueles com baixo peso (RP 0,49; 95%IC: 0,30-0,79) (associação
inversa). Os resultados sugerem que as variáveis sociodemográficas e relacionadas ao estilo de vida
foram associadas ao maior tercil do tempo sentado.
 

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