Fatores Associados às Barreiras Para a Prática de Atividade Física dos Adolescentes
Por Gerson Ferrari (Autor), Rubian Andrade (Autor), Cleber Rebelatto (Autor), Thais Beltrame (Autor), Andreia Pelegrini (Autor), érico Felden (Autor).
Em Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde - RBAFS v. 21, n 4, 2016. Da página 308 a 318
Resumo
O objetivo deste estudo foi analisar as barreiras que discriminam os adolescentes em ativos e insuficientemente ativo. Ainda descrever os fatores associados com tais barreiras em meninos e meninas com baixos níveis de atividade física. Participaram 312 adolescentes (10-16 anos) de Florianópolis-SC. Foram coletadas informações sociodemográficas, de percepção de saúde, estresse, status social na escola e na educação física, sonolência diurna excessiva, atividade física, além da percepção de barreiras para a prática da atividade física. As meninas apresentam maior frequência de barreiras percebidas (57,2%). As barreiras que discriminavam as meninas insuficientemente ativas “não tenho como me deslocar para onde posso praticar”, “preguiça” e “em casa ninguém faz”. Essas barreiras foram associadas à sonolência diurna excessiva (p=0,001), baixa percepção de status social na escola (p=0,003) e baixa percepção de estresse (p=0,046). Entre os meninos, observou-se diminuição do número de barreiras percebidas conforme aumento da idade (r= -0,175; p= 0,039). As barreiras que discriminavam meninos insuficientemente ativos: “amigos moram longe”, “preguiça” e “não me sinto motivado”. Tais barreiras foram associadas aos fatores: ser mais jovem, baixa percepção de estresse e de status social na Educação Física. As barreiras para a prática de atividade física diferem-se entre meninos e meninas insuficientemente ativos. No entanto, a preguiça esteve associada em ambos os sexos. Além disso, diferentes fatores dificultam o envolvimento de adolescentes para a prática de atividade física. Contudo, os baixos níveis de estresse estiveram associados às barreiras para atividade física de meninos e meninas.