Resumo

Este estudo teve como objetivo avaliar os fatores associados ao risco de sarcopenia em idosos que frequentam grupos sociais. Trata-se de um estudo transversal realizado com 207 idosos. Utilizaram-se como instrumento os questionários sociodemográficos, o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) e o SARC-f. A análise dos dados foi realizada pelo teste do qui-quadrado e pela regressão logística binária (p < 0,05). Os resultados mostraram associação significante do risco de sarcopenia com o nível de escolaridade (p = 0,016). Houve diferença significante entre os grupos com e sem risco de sarcopenia em relação à autopercepção de saúde (p = 0,001), percepção de saúde em comparação com idosos da mesma idade (p = 0,001), quantidade de medicamentos utilizados (p = 0,001), histórico de quedas (p = 0,001) e quase quedas (p = 0,001). Não foi encontrada diferença significativa do risco de sarcopenia com nível de atividade física. Ao comparar as proporções de doenças relatadas de acordo com o risco de sarcopenia, houve diferença significante entre cardiopatia (p = 0,001), hipertensão arterial sistêmica (p = 0,001), acidente vascular cerebral (p = 0,001), diabetes ( p = 0,049), osteoartrite (p = 0,001), doença pulmonar (p = 0,034), depressão (p = 0,001) e osteoporose (p = 0,001). A regressão logística revelou que os idosos que não tinham histórico de quedas e não relataram cardiopatia, doença pulmonar, depressão ou osteoporose apresentaram maior probabilidade de não ter risco de sarcopenia. Concluiu-se que o nível de escolaridade e as condições de saúde relatadas pelos idosos podem ser considerados fatores associados ao risco de sarcopenia. O nível de atividade física não é um fator associado ao risco de sarcopenia.
 

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