Resumo

O árbitro de futebol é duramente criticado pela imprensa, torcedores e jogadores, diferentemente de outros esportes. Com a evolução do futebol, o árbitro tem obtido maior destaque e consequentemente uma maior cobrança psicológica. O objetivo desta pesquisa foi identificar os principais fatores causadores de estresse nos árbitros de futebol de campo do Rio Grande do Sul. Pesquisa quantitativa de delineamento descritivo e transversal. Foram selecionados por conveniência 50 árbitros de futebol de campo da Federação Gaúcha de Futebol (FGF). O critério de inclusão foi ser maior de 18 anos e foram excluídos da amostra os árbitros que não atuaram por serem recém-formados e os que já deixaram de atuar em partidas oficiais organizadas pela FGF. O instrumento utilizado foi o Teste de Estresse Psíquico dos Árbitros dos Jogos Esportivos e Coletivos com/sem Contato (TEPA), validado por Silva (2004), enviado por e-mail e respondido no Google Forms. Os resultados apontaram que as situações “falta de responsabilidade do colega e outras pessoas”, “errar em situações claras”, “chegar tarde ou atrasado”, “não poder cumprir uma escala” e “errar seguidamente” foram consideradas as mais estressantes. Analisando os itens por dimensão não foram encontradas diferenças estatísticas entre os fatores biológicos, psicológicos e sociais, sugerindo haver um equilíbrio, e a percepção do estresse como uma interação simultânea.

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