Resumo

Em um cenário mundial de constante aumento do número de adeptos ao uso de substâncias psicoativas, investigar possíveis fatores de proteção ao consumo excessivo destas substâncias pode contribuir na qualificação de políticas de prevenção. Assim, o objetivo deste estudo foi conhecer os fatores que contribuem para a não utilização de álcool e outras drogas e suas possíveis relações com o lazer e analisar se a participação em atividades extraescolares interfere nos padrões de consumo dos jovens. Trata-se de uma pesquisa quantitativa descritiva, que utilizou como técnica para a coleta de dados a formulação de um questionário on-line autoaplicável. A análise dos dados foi feita relacionando-se os percentuais de consumo de álcool e outras drogas da amostra com os percentuais de participação em atividades apontadas como protetoras pela literatura. A amostra foi composta por 110 estudantes, 51 mulheres e 59 homens, dos cursos de Bacharelado e Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal do Espírito Santo, Brasil. A substância com maior índice de consumo foi o álcool, tanto para consumo considerado recreativo (cerca de 60%), quanto para uso excessivo (12%).  A idade do início do consumo se mostrou relevante para predizer padrões futuros de uso, mostrando a necessidade de se retardar pelo maior tempo possível as primeiras experiências com psicoativos. Assim como o esporte e a participação em projetos de prevenção, outras atividades extraescolares analisadas separadamente não mostraram resultados expressivos. Contudo, a participação concomitante em diferentes atividades serviu como proteção para a amostra em questão. Os resultados apresentados indicam atividades e fatores que combinados podem ser estimulados e capazes de trazer benefícios para a juventude na prevenção de problemas relacionados ao uso de drogas.

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