Resumo

Os objetivos deste estudo foram: analisar a reprodutibilidade da performance em um teste de campo no ciclismo off road; correlacionar variáveis fisiológicas e antropométricas com a performance em subida nesta modalidade. Dez ciclistas treinados (19,5 + 2,5 anos, 62,8 + 8,7 kg, 173,5 + 6,8 cm, 24,5 + 19,0 meses de treino) executaram em dias diferentes os seguintes testes: três performances máximas em subida no campo; teste contínuo progressivo para a determinação do limiar anaeróbio (LAn) e da potência aeróbia máxima (Pmax) e teste de Wingate. Os valores médios de performance nos 3 testes de campo (622 + 51,3; 614 + 50,1; 620,6 + 66,5 seg.) não foram diferentes e altamente correlacionados (r = 0,84). As variáveis aeróbias (Pmax e LAn) somente apresentaram correlação significante com a melhor performance (MP) quando expressas de forma relativa à massa corporal (r = -0,73; r = -0,87, respectivamente). Foi encontrada também correlação significante da MP com o % gordura corporal e o índice de fadiga obtido no teste de Wingate (r = 0,72; r = 0,81, respectivamente). Com base nestes resultados, pode-se concluir que o teste de campo utilizado para avaliar a performance em subida no ciclismo off road é reprodutível e que o principal fator determinante desta performance é o LAn relativo à massa corporal, mostrando a importância da capacidade aeróbia e da composição corporal na seleção e treinamento dos atletas deste esporte. PALAVRAS-CHAVE: ciclismo off road, reprodutibilidade, limiar anaeróbio, massa corporal, performance.