Fatores Preditivos da Eficácia do Ataque: o Caso da Equipe Campeã Brasileira de Vôlei Feminino
Por Augusto César Rodrigues Rocha (Autor), Auro Barreiros Freire (Autor), Leonardo Rodrigues Martins (Autor), Mariana Pereira Maia (Autor), Juracy da Silva Guimarães (Autor), Herbert Ugrinowitsch (Autor), Henrique de Oliveira Castro (Autor), Gustavo de Conti Teixeira Costa (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 21, 2019.
Resumo
O objetivo foi identificar os fatores preditivos da eficácia do ataque da equipe Campeã da Liga Brasileira de Mulheres, de acordo com o nível de desempenho da equipe adversária. A amostra foi composta pela observação de 1137 ataques em 21 jogos da equipe campeã brasileira de vôlei feminino 2015-2016. Os resultados foram significativos para identificar os fatores preditivos da eficácia do ataque contra alta ( x 2 = 110,562; p <0,00001), intermediária ( x 2 = 64.134; p <0,00001) e baixa ( x 2 = 62.137; p<0,00001) oponentes de desempenho. Assim, conclui-se que, ao jogar contra equipes de alto desempenho, ataques poderosos para a posição 6 e o segundo tempo de ataque aumentam as chances de ponto de ataque; ataques poderosos para as posições 1 e 5 reduzem as chances de continuação do jogo; e ataque poderoso para a posição 6 aumenta as chances de bloqueio. Além disso, em jogos contra equipes de desempenho intermediário, a recepção que permite ataques organizados sem todas as opções de ataque reduz as chances de ponto de ataque e continuação do jogo, enquanto o efeito de recepção não parece ser um fator preditivo da eficácia do ataque em jogos contra ataques altos. - e oponentes de baixo desempenho e, finalmente, em jogos contra equipes de baixo desempenho, um ataque poderoso para a posição 1 reduz as chances de continuação do jogo e bloqueio de ataques.
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