Resumo

O que víamos eram sorrisos. Antes de tudo, os sorrisos que seguram o choro de emoção ao ouvir e cantar o hino nacional do nosso país. Depois, os sorrisos causados pelo nervosismo da apresentação em alguns ginastas, posicionados em seus lugares frente a um público que enchia toda uma praça; sorrisos de alegria daqueles mais desinibidos, ansiosos por mostrarem aos espectadores a coreografia que construíram com a união de suas ideias; sorrisos de realização dos coordenadores do grupo, ao observarem a receptividade do público e a felicidade dos ginastas ao se apresentarem, independente da música baixa ou da chuva inesperada; sorrisos de adultos e crianças na plateia, alegres ao apreciarem uma nova experiência com pessoas de um país tão distante em todos os sentidos. Parecia-nos até que música sorria, com aquela cara de quem sabe que cria expectativas e o material, coitado, sendo apertado para que não fugisse, sorria amarelo. Pode ser que não tenhamos entendido de verdade o que cada um daqueles sorrisos queria dizer. Mas afinal, era realmente necessário saber? O que importava mesmo era a sensação de dever cumprido de oportunizar, demonstrar, permitir e “com”partilhar coreografias que eram tanto nossas, quanto daqueles que assistiam; uma profusão de experiências que são individuais e conduzem a interpretações particulares. As fotografias apresentadas neste trabalho ilustram a turnê realizada pelo Grupo Ginástico Unicamp à Dinamarca, em julho de 2011. Foram visitadas as cidades de Svenborg, Odense, Ahrus, Ollerup e Viborg, onde realizamos apresentações em praças e escolas. O depoimento acima retrata as impressões e sensações que sentimos nestas performances. Esperamos que tenha causado em você o desejo de sorrir, que tenha o lembrado de algum sorriso seu ou que o tenha deixado com vontade de fazer alguém sorrir

Acessar