Resumo
Considerando a importância da flexibilidade no desenvolvimento técnico da ginástica olímpica, o autor se propôs a investigar essa capacidade física em atletas de diversos níveis, comparando os resultados com quatro testes de flexibilidade: a) Flexão do tronco para frente na posição em pé; b) Flexão do tronco para frente na posição sentada; c) Espacato ântero-posterior e d) Deslocamento escápulo-umeral.A amostra foi composta de setenta e sete atletas do sexo masculino, sendo nove da categoria mirim, com faixa etária de oito a onze anos (média de 10,0), oito brancos e um amarelo, pertencentes ao Esporte Clube Pinheiros de São Paulo; quarenta e oito da categoria estudantil, com a faixa etária de treze a dezoito anos (média de 15,8), quarenta e cinco brancos, dois amarelos e um negro, integrantes das seleções de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul por ocasião dos Jogos Estudantis Brasileiros; treze de primeira categoria, com a faixa etária de dezessete a vinte e seis anos (média de 20,5), brancos, representantes das seleções de diversos clubes do Estado de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, por ocasião do Torneio Nacional Inter Clubes Adultos e sete da categoria internacional, com a faixa etária de dezenove a vinte e quatro anos (média de 21,6), brancos, integrantes da seleção soviética por ocasião do Festival de Ginástica, realizado no ginásio do Ibirapuera em São Paulo.Os resultados obtidos no treinamento da equipe mirim e nas avaliações das equipes estudantis, primeira categoria e internacionais, tornaram possíveis as seguintes conclusões:1 - A flexibilidade melhorou de maneira significativa com treinamento rotineiro de ginástica olímpica em meninos, na faixa etária dos oito aos onze anos de idade (média de 10,0).2 - O confronto dos resultados dos quatro testes nos quatro grupos: 1 - Mirim; 2 - Estudantil; 3 - Primeira Categoria e 4 - Internacional, mostrou diferença significativa nos exercícios de flexão do tronco para frente na posição em pé e na posição sentada. 3 - A média das notas nas seis provas de ginástica olímpica (solo, cavalo, argolas, salto, paralela e barra fixa), foi influenciada significativamente mais pela flexão do tronco para frente na posição sentada do que na posição em pé.4 - A média das notas nas seis provas de ginástica olímpica (solo, cavalo, argolas, salto, paralela e barra fixa) foi influenciada significativamente mais pelo espacato ântero posterior do que pelo deslocamento escápulo-umeral.5 - A nota de barra fixa na ginástica olímpica foi influenciada significativamente mais pela flexão do tronco para frente na posição sentada do que na posição em pé.6 - A nota de barra fixa na ginástica olímpica foi influenciada significativamente mais pelo deslocamento escápulo-umeral do que pelo espacato ântero-posterior.