Flexibilidade em Idosos Praticantes e NÃo-praticantes de Atividade FÍsica.
Resumo
O envelhecimento é um processo inerente ao indivíduo e existem atitudes que podem amenizar este impacto. A atividade física é uma delas, pois proporciona inúmeros benefícios. Dessa forma este estudo avaliou a flexibilidade da articulação do ombro e do quadril em idosos praticantes e não-praticantes de atividade física, bem como: (a) identificou o perfil relacionado às características pessoais e (b) o índice de flexibilidade da articulação do ombro e do quadril. O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética Cefid-Udesc em 27 de abril de 2004. A amostra foi composta de forma intencional (para atender os requisitos propostos) por 100 idosos, de ambos os sexos, sendo que 50 praticavam atividade física 2 vezes por semana, e 50 não praticavam. A média de idade desses idosos foi de 68,5 anos, com desvio-padrão igual a 6,9. Os praticantes foram selecionados no Geti, no Núcleo de Cardiologia do Cefid e nos Grupos de Convivência da comunidade, na cidade de Florianópolis-SC. Os não-praticantes foram selecionados por meio de convite formulado pessoalmente pela pesquisadora. Os instrumentos utilizados foram um questionário contendo seis perguntas fechadas e dois testes para avaliar a flexibilidade, o de "coçar as costas", validado por Corbin e Lindsey (1985), e o de "sentar e alcançar", adaptado e validado por Nieman (1990), ambos citados por Nahas (2001). Para a análise dos dados fez-se uso da estatística descritiva. Os dados obtidos sobre o perfil identificaram que 53% dos idosos se encontram na faixa etária dos 60 a 69 anos, sendo que 74% deles eram casados e 45% não haviam completado o ensino fundamental. A maioria dos idosos é de aposentados (79%) e, dos 50 não-praticantes, 30% alegaram falta de tempo como motivo principal para não praticar atividade física. No índice de flexibilidade da articulação do ombro, não houve grande diferença entre os praticantes e os não-praticantes, os quais se apresentaram na categoria de baixa condição, e na articulação do quadril, 62% dos idosos apresentaram-se nas categorias con sideradas boas para a saúde e os não-praticantes foram os que apresentaram melhores resultados nesta categoria. Dessa forma há de se considerar que praticar atividade física duas vezes por semana pode não ser suficiente para melhorar a flexibilidade, principalmente desta população. PALAVRAS-CHAVE: idoso, flexibilidade, atividade física. por AMANDA SOARES; ADRIANA COUTINHO DE AZEVEDO GUIMARÃES; JOSEANI PAULINI NEVES SIMAS; GIOVANA ZARPELLON MAZO