Resumo

As  ocorrências  que  conformam  a luta  armada  que  atingiu  a pronvíncia  de  Pernambuco   entre  os  meses  de  novembro  de   1848  a  abril  de   1849  têm  sido  registradas  pela  historiografia  sob  múltiplas  denominações:  Revolta,  Rebelião,  Revolução  e  Insurreição  Praicira.  Os  contemporâneos  da  luta  a designaram  com  termos  de  sentido  muito  preciso  na época:  para Urbano  Sabino  Pessoa de  Mello,  "revolta";  para Jerônimo  Martiniano  Figueira de Mello, chefe  de polícia  durante  o confronto, "rebelião"; e para Antonio  Borges da Fonseca, "revolução" de caráter republicano.  As  interpretações   posteriores  enriqueceram   as  conotações  desses  termos;  Joaquim  Nabuco  (1896)  denomina  "revolução",  canalizadora  dc  um  "turbilhão  popular" e  complicada por  um  "fermento  socialista"; Caio  Prado  Jr.  (1933) considera  uma "revolta" cuja  ideologia "popular" a singulariza dentre  os  movimentos  populares  da  "revolução  da Independência";  Amaro Quintas (1946) designa  uma  "revolução"de  duplo  "sentido  social"  ("aspirações  populares"  c  "idéias  socialistas"),  no  que  é  seguido  por  Vamirch   Chacon  (1964); já  Edison  Carneiro  (1960) especifica  uma  "insurrcição"das  massas dentro  dc  um processo de  "revolução  dcmocrático-burgucsa"  (1)

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