Força de membros inferiores e sua relação com o Mini-Exame do Estado Mental de idosos institucionalizados
Por Rafael Xavier Couto de Oliveira (Autor), Veronica da Silva de Sousa (Autor).
Em 13º Congresso Internacional do Conselho Regional de Educação Física da 7ª Região CONCREF
Resumo
O aumento do número de pessoas que chegam à velhice é uma das conquistas mais significantes do século passado, visto que a expectativa de vida mais que dobrou no século 20. Embora o aumento da expectativa de vida seja considerado um grande avanço da medicina moderna, é fundamental considerar o notável avanço da incidência de doenças e síndromes associadas ao envelhecimento, como diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial sistêmica, sarcopenia e demências. Objetivos: Avaliar a relação entre a força muscular de membros inferiores e a capacidade cognitiva de idosos de institucionalizados. Referencial teórico: O envelhecimento é caracterizado por alterações cognitivas em domínios específicos, como declínios na memória e funções executivas. Dado o envelhecimento da população mundial, é importante identificar e avaliar estratégias que promovam o envelhecimento cognitivo saudável. Em particular, o declínio cognitivo pode ser acelerado em pessoas mais velhos devido à baixa força e desempenho muscular. No entanto, o exercício físico, pode resultar em melhorias significativos na capacidade funcional e na função cognitiva de idosos. Materiais e métodos: Participaram do presente estudo 21 (n = 21) idosos de uma instituição de longa permanência (10 mulheres, 11 homens; 81,86 ± 8,4 anos; 61,66 ± 10,3 kg; 1,61 ± 0,07 m). Os idosos foram submetidos ao teste de sentar e levantar 5 vezes e ao Mini-Exame do Estado Mental (MEEM). O coeficiente de correlação de Pearson foi utilizado para explorar a correlação entre variáveis estudadas. Resultados e Discussão: Foi encontrada uma correlação negativa, moderada e significativa (r = - 0.522; p = 0.015) entre a força de membros inferiores e a pontuação no MEEM. Esses resultados estão de acordo com outros estudos, no qual mostraram que a maior força muscular está positivamente associada a melhor desempenho cognitivo. Conclusão: Os resultados do presente estudo concluem que, idosos com melhor desempenho do teste de sentar e levantar apresentaram menor declínio cognitivo. Esses resultados mostram a importância da promoção da saúde física e cognitiva para a população idosa, em especial institucionalizados.