Resumo

Uma das características mais marcantes do idoso é o declínio da força muscular (FM). A reserva funcional em indivíduos de idade avançada é por vezes tão reduzida que as perdas de força podem representar a diferença entre uma vida autônoma ou não. Outro aspecto que sofre alterações com a idade, guardando íntima relação com a autonomia do idoso, são as características morfológicas (CM). O objetivo deste estudo foi verificar o comportamento da FM e CM em 51 idosas com idades entre 60 e 86 anos (X= 68,5±5.6), praticantes do programa de atividades físicas do SESI/Petrópolis. Para medira FM utilizou-se o teste depreensão manual. Quanto às CM, utilizou-se o índice de massa corpórea (IMC) e a relação cintura/quadril (RC/Q). Para análise dos resultados optou-se por dividir a amostra em 2 intervalos etários, de 60 a 69 anos (n=31) e acima de 70 anos (n=20). Aplicou-se o teste t de Student para comparação dos dados intergrupos. Não houve diferenças significativas (p<0,05) entre os valores de FM, IMC e RC/Q. Com o passar dos anos, era de se esperar uma redução na FM, bem como modificações nas CM, o que não foi evidenciado no grupo estudado. Isso pode ser parcialmente explicado pelo fato das praticantes realizarem, em sua rotina de atividades físicas, um trabalho específico de força e resistência muscular, além de trabalho aeróbio duas a três vezes por semana. Em função dos resultados pode-se concluir que as atividades físicas desempenharam um papel importante no comportamento das variáveis estudadas. Contudo, aspectos como duração e intensidade do esforço devem ser melhor quantificados para estabelecer a magnitude das suas influências na FM e CM.

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