Força Muscular e Massa Magra Regional Influenciam a Saúde Mineral óssea Entre Jovens Mulheres
Por Bianca Rosa Guimarães (Autor), Luciana Duarte Pimenta (Autor), Danilo Alexandre Massini (Autor), Daniel dos Santos (Autor), Leandro Oliveira da Cruz Siqueira (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 24, n 3, 2018. 5 Páginas. Da página 186 a 191
Resumo
Introdução: O treinamento de força é capaz de estimular o metabolismo do tecido ósseo, aumentando oestresse mecânico sobre o sistema esquelético. No entanto, a relação direta ainda não está bem estabelecidaentre as mulheres mais jovens, uma vez que deve ser descrito qual nível de aprimoramento da força é capaz deinduzir mudanças efetivas na integridade óssea. Objetivos: Este estudo analisou a influência da força muscular
sobre o conteúdo mineral ósseo (BMC) e a densidade mineral óssea (BMD) entreestudantes universitárias.Métodos: Quinze mulheres (24,9±7,2 anos) foram avaliadas quanto à composição regional e corporal atravésde absorciometria com raios-X de dupla energia (DEXA). Os testes de repetição máxima (1RM) foram avaliados
no supino reto (SR), puxada alta (PA), flexão do joelho (FJ), extensão do joelho (EJ) e leg press 45° (LP45).A regressão linear analisou as relações de BMC/BMD com a composição regional e valores dos testes 1RM. As medidas de dispersão e erro (R2 aj e SEE) foram testadas definindo p ≤0,05. Resultados: O valor médio do BMC corporal foi de 1925,6 ± 240,4 g e BMD de 1,03 ± 0,07 g/cm2. A massa magra (MM) foi relacionada ao BMC (R2 aj=0,86, p<0,01 e SEE=35,6 g) e à BMD (R2 aj=0,46, p<0,01, SEE = 0,13 g/cm2) nos membros inferiores (MI). Os testes 1RM no SR associaram-se com o BMC e à BMD (R2 aj=0,52, p<0,01, SEE=21,4 g, e R2 aj=0,68, p<0,01, SEE=0,05 g/cm2, respectivamente) nos membros superiores, assim como os testes 1RM na EJ relacionaram-se ao BMC e à BMD (R2 aj=0,56, p<0,01, SEE=62,6 g, e R2 aj=0,58, p<0,01, SEE=0,11 g/cm2, respectivamente) nos MI. Conclusões: Dessa forma, os testes 1RM para exercícios multiarticulares são relevantes para o BMC/BMD regional, intensificando a necessidade de incluir exercícios resistivos nas rotinas de treinamento com o propósito de melhorar a força muscular e a massa magra regional e, portanto, assegurar uma massa mineral óssea saudável. Nível de Evidência II; Desenvolvimento de critérios diagnósticos em pacientes consecutivos (com padrão de referência “ouro” aplicado).