Força Muscular em Idosos Ii — Efeito de Um Programa Complementar de Treino na Força Muscular de Idosos de Ambos os Sexos
Por Joana Carvalho (Autor), José Oliveira (Autor), José Magalhães (Autor), Antonio Ascensão (Autor), Jorge Mota (Autor), José Manuel da Costa Soares (Autor).
Em Revista Portuguesa de Ciências do Desporto v. 4, n 1, 2004. Da página 58 a 65
Resumo
RESUMO O principal objectivo deste trabalho foi determinar o efeito de um programa combinado de actividade física na força máxima isocinética em idosos, homens e mulheres. Dezanove idosos, 12 mulheres (idade = 69.6± 2.9 anos; peso = 66.7± 7.9 kg; altura = 1.55± 0.1 m) e 7 homens (idade = 68.3±5.2 anos; peso = 69.1±12.9 kg; altura = 1.65± 0.2 m) participaram durante 6 meses num programa combinado de actividade física consistindo em 4 sessões semanais (2 x ginástica de manutenção e 2 x treino de força). A força máxima isocinética dos extensores e flexores do joelho foi avaliada em todos os sujeitos através de um dinamómetro isocinético (Biodex System 2, USA) em duas velocidades distintas 60º/seg. (1.05 rad.sec. -1) e 180º/seg. (3.14 rad.sec. -1) antes e depois do programa de treino. Os resultados deste estudo mostram que 6 meses de treino de força combinado com ginástica de manutenção é exequível e está associado a um aumento significativo da força muscular em idosos, particularmente no membro não-dominante. Para além disso, os resultados mostram que a variável sexo não influencia as adaptações induzidas pelo treino na força muscular. Apesar dos homens serem, em termos absolutos, mais fortes do que as mulheres, não foram observadas diferenças entre ambos os sexos na resposta ao treino. Assim, este estudo sugere que o treino progressivo de força com intensidade moderada a elevada pode ser efectuado com elevada tolerância por idosos saudáveis, desempenhando um papel importante enquanto estratégia para a manutenção e/ou aumento da sua força independentemente do sexo. Palavras-chave: envelhecimento, força muscular, isocinético.