Força Muscular Isocinética, Perfil de Surfistas Brasileiros
Por Marcelo árias Danucalov (Autor), Fabio Henrique Ornellas (Autor), Francisco Navarro (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 17, n 4, 2009. Da página 78 a 82
Resumo
Surfe é um esporte popular no Brasil. Dados referentes a surfistas são limitados e nenhuma informação sobre a caracterização da avaliação isocinética está disponível. Não há dados descrevendo os efeitos do treinamento nos músculos dos ombros de surfistas, e alguns estudos têm constatado lesões nos músculos dos ombros devido à rotação interna do grupo manguito rotator durante a remada. Objetivo: O propósito desse estudo é medir isocineticamente a união glenoumeral do rotador interno (RI) e do rotador externo (RE), músculos flexores e extensores em uma população de surfista. Os valores analisados foram os picos concêntricos de torque (PT), o trabalho total (TT), potência média (PM), conjunto total de trabalho (CTT) e a razão agonista/antagonista (RAZÂO). Métodos: Foram estudados nove surfistas do sexo masculino (idade: 26 ± 7 anos, peso: 73 ± 4 kg, estatura: 1,74 ± 8 cm) que costumavam treinar 16 horas em média (10-24), por semana, apresentando experiência em competições e permeassem ativos nas mesmas, 14 anos em média (7-24). Os testes foram realizados em um dinamômetro isocinético Cybex 6000. A rotação externo/interna da união glenoumeral foi testada na posição supinada com o braço em 90°. Os dados foram detalhadamente corrigidos. Resultados: A razão de rotação do ombro RI/RE em 90° de abdução são similares à maioria dos dados literários para não-atletas. Conclusão: A medição dos objetivos da força dos músculos dos ombros é uma parte importante na compreensão global e na reabilitação dos atletas que executam movimentos intensos repetitivos, esses resultados são os primeiros dados apresentados em surfistas.