Força muscular periférica e funcionalidade como preditores de sucesso para extubação em pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio
Por André Luiz Lisboa Cordeiro (Autor), Hayssa de Cássia Mascarenhas (Autor), Lucas Oliveira Soares (Autor), Vitória de Oliveira Pimentel (Autor), Larissa Maria Menezes Pinto (Autor), Maria Taynan Santana Mota (Autor), Layla Souza e Souza (Autor), Artur Marchesini (Autor), Gabriel Velloso Dantas Batista Andrade Ferreira (Autor), André Raimundo Guimarães (Autor).
Em Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício (RBFex) v. 23, n 1, 2024.
Resumo
A pressão inspiratória máxima (PImáx) e o índice de respiração rápida e superficial são preditores de sucesso na extubação. A força muscular periférica e a funcionalidade aparecem como possíveis preditores de sucesso para extubação em outros perfis de pacientes, porém, há poucas evidências em pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM). Objetivo: Avaliar a força muscular periférica e a funcionalidade como preditores de sucesso na extubação em pacientes submetidos à CRM. Métodos: Estudo de coorte prospectivo. No momento da admissão hospitalar, os pacientes foram avaliados quanto à PImáx, pressão expiratória máxima (PEmáx), Medical Research Council (MRC), pico de fluxo expiratório (PFE) e Medida de Independência Funcional (MIF). Os pacientes foram divididos em dois grupos: Grupo Sucesso (GS), que permaneceu em ventilação espontânea por mais de 48 horas, e Grupo Insucesso (GF), que necessitou de suporte invasivo em menos de 48 horas. Comparamos a influência das variáveis força muscular, tosse e funcionalidade entre esses grupos. Resultados: Foram avaliados 74 pacientes, Grupo Sucesso (n = 59) e Grupo Falha (n = 15). O IC 95% foi -1 (-5,33 a 3,33) na PImáx, 4 (2,14 a 5,86) na PEmáx, 13 (-35,31 a 61,31) no PFE, 7 (6,27 a 7,73) na MRC e 9 (8,08 a 9,92). ) na FIM. Conclusão: A força muscular periférica, expiratória e a funcionalidade demonstraram influência estatisticamente significativa no sucesso da extubação em pacientes após CRM.