Força Muscular Periférica e Respiratória na Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
Por Rudolfo Hummel Gurgel Vieira (Autor), Ivan Daniel Bezerra Nogueira (Autor), Natércia Ferreira Queiroz (Autor), Tamara Martins Cunha (Autor), Zênia Trindade de Souto Araújo (Autor), Wouber Hérickson de Brito Vieira (Autor), Patrícia Angélica de Miranda Silva Nogueira (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 20, n 2, 2018. Da página 1 a 13
Resumo
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma patologia pulmonar, mas que está associada à inúmeras manifestações sistêmicas, dentre elas a disfunção músculoesquelética. Objetivou-se avaliar e comparar a força muscular respiratória e periférica em pacientes com DPOC e indivíduos saudáveis. Trata-se de um estudo transversal, analítico e observacional, no qual foram avaliados 18 indivíduos, sendo nove com DPOC e nove saudáveis. Foram avaliados quanto ao desempenho neuromuscular do quadríceps femoral (avaliado por meio da dinamometria isocinética), força de preensão manual (dinamômetro manual) e pressões respiratórias máximas (manovacuometria). Os dados foram expressos por meio de média e desvio padrão, analisados no pacote estatístico SPSS 20.0. Foi considerado um nível de significância de 5% e intervalo de confiança de 95% para todas as medidas. Os indivíduos com DPOC apresentam desempenho neuromuscular de quadríceps femoral e pressões respiratórias máximas inferiores aos sujeitos saudáveis, no entanto houve diferença estatisticamente significante apenas para potência muscular e PImáx (p<0,05). Já a força de preensão manual foi maior em indivíduos com DPOC (p<0,05). Os sujeitos com DPOC possuem alterações neuromusculares em músculos periféricos e respiratórios que possivelmente podem causar redução do desempenho funcional.