Formação competitiva na Ginástica Rítmica: a experiência da participação na infância
Por Lorena Nabanete dos Reis-Furtado (Autor), Michele Viviene Carbinatto (Autor).
Resumo
A competição esportiva é inerente ao esporte e, portanto, deve fazer parte do processo de desenvolvimento esportivo, quer seja com foco para a formação do atleta em longo prazo, quer seja para a vida ativa. Logo, a inserção ao ambiente competitivo deve elencar a centralidade no praticante, instigando a progressão de aprendizagem individual e do grupo, a motivação e experiências diversas (e adversas) do esporte. Neste sentido, este artigo discute a formação competitiva na ginástica rítmica, com recorte sobre os eventos na infância. A triangulação de dados entre pesquisa documental, entrevista semiestruturada com 11 treinadoras e 03 gestoras e observação não-participante balizou a Análise de Conteúdo que revelou os ajustes nos eventos de base na GR: imaginário infantil como estratégia para escolha de músicas e/ou figurinos; decoração do ambiente aconchegante; uso do espaço de apresentação ampliando a demonstração síncrona de ginastas; grau de dificuldade de exercícios diferenciados para grupo de idade; arbitragem com postura despretensiosa e flexibilidade na ordem de apresentação a depender do comportamento de cada criança. Os bastidores sugeriam um brincar livre entre ginastas e equipes, proporcionando ambiente acolhedor, propício para experiência positiva incentivadora da permanência na prática.