Resumo
presente dissertação se propôs a investigar os processos de formação inicial de professores(as) de Educação Física na perspectiva inclusiva no Brasil e em Portugal, tomando por base as produções de conhecimento, as análises das legislações e as matrizes curriculares do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo e da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa, bem como buscamos problematizar as possíveis contribuições, avanços, tensões e/ou desafios identificados nas realidades investigadas dentro da temática estudada. Para isso, realizamos uma pesquisa quali-quantitativa, exploratória e descritiva com aproximações a um estudo de caso. O instrumento utilizado para coleta dos dados foi a pesquisa documental da qual ocorreu nas produções acadêmicas, nos documentos legais, nas matrizes curriculares e nos projetos de ensino, pesquisa e extensão. As análises dos dados consistiram tomando como base as contribuições de Bardin (2011) de forma a enriquecer a interpretação da pesquisa. Os resultados mostraram que as produções acadêmicas de ambos os países acentuam as especificidades do processo de formação e atuação profissional de modo semelhante, com discussões intrínsecas aos sujeitos envolvidos, até questões mais gerais do campo, com predominância de debates com caráter humanístico. Em linhas gerais, o Brasil tem avançado em legislações inclusivas de maneira a promover um processo formativo que incentive o debate com relação à pessoa com deficiência. Portugal, por outro lado, tem investido em um conceito amplo para educação inclusiva, da qual abarca qualquer estudante que demande apoio durante seu processo educativo. Ambas as realidades contribuem para se pensar em novas estratégias para a promoção de uma educação inclusiva.