Resumo

A internacionalização do futebol e a contínua construção de uma comunidade esportiva transnacional no começo do século XX interagiram com processos de diferenciação nacionais e regionais. O artigo mostra que, no Brasil, o futebol serviu para as elites de São Paulo e Rio de Janeiro construírem e expressarem suas identidades regionais. Adotando uma perspectiva global e regional, busca-se compreender esses processos de diferenciação entre ambas as cidades a partir da análise de determinados eventos esportivos. O texto parte do pressuposto de que identidades e espaços regionais e nacionais são construídos a partir de entrelaçamentos e negociações transnacionais. No caso específico do futebol, visa-se atentar para os efeitos uniformizadores e diferenciadores que o processo de sua globalização implicou.

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