Resumo

Introdução: A tendinopatia caracteriza-se por dor localizada no tendão e está relacionada a atividade física, edema, aumento da sensibilidade na região do tendão, diminuição da força e da amplitude de movimento caracterizando diminuição da função. Embora tenham ocorrido avanços em relação às evidências científicas no tratamento das tendinopatias, a fotobiomodulação (FBM) ainda apresenta divergências na dosimetria e técnicas de aplicação quanto à eficácia clínica. Dessa maneira, torna-se necessária a realização de estudos clínicos que investiguem o efeito da fotobiomodulação em relação à dosimetria nas tendinopatias. Objetivo: Comparar o efeito da FBM com cluster ou single quando associadas ao exercício excêntrico na intensidade da dor e função em pacientes com tendinopatia patelar e do calcâneo. Método: Ensaio clínico não controlado randomizado e cego. Foi desenvolvido na Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, campus Baixada Santista. 42 voluntários foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos, sendo 21 Grupo 1: FBM cluster associada ao exercício excêntrico e 21 no Grupo 2: FBM single associada ao exercício excêntrico. O protocolo de exercícios foi realizado 2 vezes por semana por 4 semanas. A aplicação da FBM foi realizada após o protocolo com os seguintes parâmetros: FBM single 810 nm (GaAsAl) por 6 J (30s por ponto - 3 pontos), e 200 mW de potência e FBM cluster 5 x 810 nm (GaAsAl) 200 mW, 6 J (30s por ponto totalizando 30J por área do cluster e 1W de potência). As avaliações foram realizadas em 3 momentos: pré tratamento, final do tratamento (4ª semana) e follow up de 4 semanas (8ª semana). Foram utilizadas: NRS-11, VISA-P ou VISA-A, DN-4, IPAQ, Limiar de dor por pressão (LDP), escala Blazina modificada, lunge test e LEFS. Foi realizado um teste t para amostras independentes para a análise do desfecho primário (VISA na 4ª semana) e para demais análises foi utilizada a ANOVA de medidas repetidas e o cálculo do effect size. Resultados: O questionário VISA na 4ª semana não apresentou diferença entre os grupos (p=0,81, es=0,06). Para demais análises não houve diferença intergrupos. Para a atividade que mais causa dor mensurado pelo NRS-11 não houve diferença intergrupos (p=0,79 e es=0,08). Em relação ao LDP não houve diferença intergrupos (p=0,3 e es=0,37). Conclusão: Não houve diferença entre os modos de aplicação da FBM (cluster e single) na sintomatologia, mensurado pelo questionário VISA, em pacientes com tendinopatia patelar e do calcâneo.

Acessar Arquivo