Resumo
A atual investigação visou confirmar a validade do método fotogramétrico para fins de antropometria humana.Embora diversos trabalhos sobre o assunto tenham sido publicados durante as décadas de 50 a 70, revisão mais recente não detectou informações sobre o tema, sendo a literatura nacional a este respeito precária.A possibilidade de nos dias atuais, se poder contar com equipamentos fotográficos a preços acessíveis, incluindo lentes de boa qualidade e do valioso auxílio de computadores, com periféricos tão úteis como as mesas digitalizadoras, faz com que se deva novamente considerar a fotogrametria humana como instrumento alternativo de antropometria. Fez-se uso de uma câmera comercial de 35mm e objetiva de 105mm, fixa a uma distância de 7 metros do centro de uma plataforma de força, sobre a qual amostras de 13 indivíduos do sexo masculino, adotando postura padronizada e monitorada, foram fotografados.As amostras foram na mesma ocasião avaliadas antropometricamente utilizando a técnica convencional.Como alternativa visando melhorar a precisão optou-se também pela colocação de marcas sobre os pontos anatômicos de referência.Os resultados mostraram não haver diferença estatisticamente significativa entre as médias das medidas quando obtidas pelos métodos antropométrico e fotogramétrico, com ou sem o uso de marcas sobre o corpo, observando-se, no entanto, que o emprego das marcas melhorou o resultado.Análise de regressão linear entre os dados antropométricos e fotogramétricos mostrou existir, na maioria dos pontos analisados uma elevada correlação entre os dois métodos, fato esperado com base nos princípios físicos da ótica.Apesar de alguns inconvenientes do método experimental que podem ser convenientemente sanados, acredita-se que a fotogrametria humana possa vir a ser empregada com sucesso na Educação Física e nos esportes especialmente em estudos com grandes amostras, quando o tempo é fator limitante para as avaliações convencionais.