Frequência cardíaca e gasto energético como estimativa da carga fisiológica de trabalho de coleta de lixo domiciliar no município do Rio De Janeiro
Por Luiz Antonio dos Anjos (Autor), Aline Rodrigues Barbosa (Autor), Marcos Oliveira e Silva (Autor).
Em XX Simpósio Internacional de Ciências do Esporte -SIMPOCE
Resumo
A carga fisiológica de trabalho (CFT) de li trabalhadores de coleta de lixo domiciliar (CLD) do município do Rio de Janeiro (idade 33,9±5,85 anos) foi investigada através da estimativa do gasto energético (GE) e da resposta da frequência cardíaca (FC) laboral. A partir da monitorização da FC estimou-se o GE utilizando-se uma curva individualizada de V02 (OXYLOG) e FC (POLAR Vantage XL) estabelecida em laboratório durante teste submãx.imo progressivo em esteira rolante. O GE foi expresso para a duração do trabalho diário e como múltiplo da ta.xa metabólica de repouso (TMR) do período, calculando-se assim o índice energético integrado (lEI) conforme sugestão da OMS (1985). A jornada de trabalho variou de 180 a 504 minutos (média± DP; 370,6±90, I minutos), com FC média para o período de 89,1 a 125,5 bpm (105,9±9,5 bpm), e% de frequência cardíaca máxima (220-idade) entre 48,4 e 67,1% (56,9±5,7%). O GE variou entre 915,6 e 26029,0 kcal (1859,2±763,8 kcal) para um IEI de 2,7 a 6,42 (4,2±1,2) e um GE horário de 194,2 a 419,4 (296,7±74,9 kcal). Segundo a legislação brasileira (NR-15) o trabalho de CLD foi considerado moderado(< 440 kcal,h-1 ). Entretanto, baseandose no IEI o trabalho foi considerado moderado (2,7 < lEI < 3,8) para metade dos trabalhadores e pesado (lEI~ 3,8) para os restantes. Estes dados evidenciam a necessidade da mensuração e . individualização da carga fisiológica de trabalho visando a classificação nonnativa do esforço laboral na perspect1vu da preservação da saúde dos trabalhadores.