Resumo

A intensidade na qual o esforço é realizado constitui um aspecto fundamental na elaboração e no controle de qualquer programa de exercícios. Atividades conduzidas nos meios terrestre e aquático apresentam especificidades distintas; aspectos como volume do corpo imerso, posição corporal e temperatura da água levam o organismo a condições diferenciadas daquelas observadas no meio terrestre, assim influenciando os indicadores de intensidade do esforço. Considerando que freqüência cardíaca e percepção subjetiva do esforço são os indicadores mais utilizados no controle da intensidade do esforço em exercícios aquáticos, a presente revisão objetiva analisar as principais alterações que ocorrem nessas variáveis em condição de imersão, comparando com o meio terrestre, bem como as implicações dessas alterações na prescrição do exercício. Para tanto, são apresentadas as principais alterações decorrentes de situações de repouso e exercício, na corrida e no ciclismo aquáticos, na hidroginástica e na natação. Por fim, são tecidas algumas considerações acerca das implicações dessas alterações na prescrição do exercício, bem como algumas estratégias para utilização dessas variáveis em sessões de exercícios no meio aquático. Em relação à freqüência cardíaca, pode-se concluir que ocorre redução nos batimentos cardíacos durante a imersão, influenciada pela temperatura da água, pela profundidade de imersão, pela ausência ou presença de esforço, pelo tipo e intensidade do exercício. Tal redução deve ser considerada ao utilizar esse indicador de intensidade do esforço no meio aquático. Quanto à percepção subjetiva do esforço, a escala de Borg parece ser uma opção adequada para o controle da intensidade de exercícios aquáticos, considerando-se as recomendações inerentes a sua aplicação.

Acessar Arquivo