Resumo

A compreensão do contexto em que as crianças desenvolvem o brincar é fundamental para a formulação de estratégias que promovam o brincar ativo e seguro na primeira infância. Objetivo: Descrever a frequência e o contexto do brincar em crianças da primeira infância que vivem na zona urbana nas regiões Sudeste (SE) e Nordeste (NE). Metodologia: O total de 240 crianças pré-escolares de 3 a 4,9 anos, residentes em áreas urbanas da região SE e NE foram convenientemente selecionadas. A frequência e o contexto do brincar fora de casa foi obtido através de entrevista aos pais/responsáveis: "Nos últimos três dias, a criança esteve na rua (fora de casa) para brincar (sozinho, com um adulto, ou com outra criança? E Se sim? Onde a criança foi?. Resultados: Sair de casa para brincar se associou a uma maior prevalência de brincadeiras ao ar livre (p<0,05; 89,7% na região SE vs 67,5% na região NE). Maior prevalência de brincar no jardim/quintal da casa foi na região SE quando comparado com a região NE (61,5% vs 16,3%), assim como na casa de alguém da família ou amigo (42,7% vs 17,1%) e na rua (27,4% vs 5,7%). Não houve diferenças estatisticamente significativas quando considerado parques/praças. Conclusão: Crianças que vivem na área urbana da região SE parecem explorar mais os diferentes contextos para brincar do que as crianças que moram na região NE. Entender as peculiaridades sociodemográficas e ambientais de cada região é fundamental para a formulação de ações que promovam o brincar ativo na infância.

Acessar