Frequência de Síndrome Metabólica em Escolares
Por Ana Cláudia Kapp Titski (Autor), Deise Cristiane Moser (Autor), Fabrício Cieslak (Autor), Luís Paulo Gomes Mascarenhas (Autor), Manoel João Coelho e Silva (Autor), Neiva Leite (Autor).
Resumo
Objetivo: Comparar a frequência de síndrome metabólica em crianças e adolescentes com e sem excesso de peso, provenientes de escola municipal de Curitiba – PR. Métodos: Estudo transversal, comparativo e descritivo. Participaram 182 crianças e adolescentes (111 meninas), entre 10 e 16 anos de idade. A síndrome metabólica foi classificada pela presença de três ou mais dos critérios do Adult Treatment Panel III (ATPIII), adaptado por Leite et al (2009), para idade e gênero: HDL-c <45 mg/dL; triacilglicerol ?100 mg/dL; circunferência abdominal ? percentil 75; concentração de glicose ?100 mg/dL e pressão arterial sistólica e/ou diastólica ?90°. Foi utilizado o teste T Student para comparar os gêneros, teste Qui-Quadrado para comparar as proporções de síndrome metabólica entre os gêneros e os grupos, com nível de significância fixado em p<0,05. Resultados: No total dos escolares, a síndrome metabólica ocorreu em 13,7% com proporções semelhantes entre meninos (14%) e meninas (13,5%; c2=0,12; p=0,913). A síndrome metabólica foi observada em maior frequência nos escolares com excesso de peso (24,6%) em relação aos com peso adequado (2,8%, c2=36,019; p=0,000). Os componentes mais alterados foram: HDL-c (63,7%), circunferência abdominal (33,5%) e triacilglicerol (20,3%). Dentre os escolares com síndrome metabólica, os componentes mais frequentes foram obesidade abdominal (92%) e HDL-c baixo (100%). Conclusão: Observou-se elevada proporção de síndrome metabólica em crianças e adolescentes com excesso de peso. Os resultados corroboram com as atuais recomendações para a prevenção da obesidade e o incentivo à prática de atividade física regular.