Função Sexual e Aptidão Cardiorrespiratória de Coronariopatas e Hipertensos Praticantes de Dança
Por Ana Gonzales (Autor), Sabrina Sties (Autor), Lourenço Mara (Autor), Gabriela Carvalho (Autor), Ana Souza (Autor), Adriana Guimarães (Autor), Raquel Britto (Autor), Tales de Carvalho (Autor).
Em Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde - RBAFS v. 20, n 4, 2015. 10 Páginas.
Resumo
Existe relação entre disfunção sexual e doenças cardiovasculares, sendo o exercício físico eficaz no tratamento de ambos. A dança de salão tem proporcionado efeitos cardiovasculares semelhantes aos exercícios convencionais, sendo também plausível a hipótese beneficiar a função sexual. O objetivo deste estudo foi comparar a função sexual e a aptidão cardiorrespiratória de coronariopatas e hipertensos praticantes de dança de salão e de seus pares participantes de programa convencional de reabilitação cardiovascular e sedentários. Estudo transversal, com 102 indivíduos de ambos os sexos (69 homens e 33 mulheres), avaliados nos grupos: dança de salão (GD; n = 34; 66,47 ± 6,66 anos), reabilitação cardiovascular (GR; n = 34; 66,61 ± 6,3) e sedentários (GS; n = 34; 66,17 ± 6,73). Para avaliar a função sexual foram utilizados o Índice Internacional de Função Erétil (IIEF) e o Índice de Função Sexual Feminina (IFSF). Foi realizado teste cardiopulmonar para determinar a capacidade cardiorrespiratória. Na análise estatística foram utilizados o teste Korgomorov-Smirnov, Mann-Whitney, Kruskal-Wallis e análise de regressão logística com nível de significância de 5%. Homens e mulheres praticantes de dança de salão demonstraram menor possibilidade de apresentar disfunção sexual (OR= 0.352; p = 0.020; OR= 1.05; p = 0.041, respectivamente). GD apresentou VO2pico e VO2 no primeiro limiar ventilatório maior que os outros grupos (<0.001), e VO2pico 16% maior que o GR e 21% maior que o GS. Os resultados demonstraram que coronariopatas e hipertensos praticantes de dança de salão possuem maior capacidade cardiorrespiratória e menor chance de disfunção sexual em comparação a participantes no programa de reabilitação convencional e sedentário.