Resumo
A presente pesquisa objetivou analisar o ensino e a aprendizagem de conhecimentos conceituais e atitudinais que versem sobre o Futbol Callejero. A metodologia se caracterizou como qualitativa, apoiando-se em um processo de intervenção, observação e análise do estudo, visando coletar elementos empíricos como discursos, ideias e gestos construídos pelos sujeitos da pesquisa a partir das relações sociais provenientes da vivência e experimentação de uma prática corporal emergente no campo da Educação Física escolar, o Futbol Callejero. A população foi constituída por 33 participantes, sendo 18 do sexo feminino e 15 do sexo masculino de uma (01) turma de 5º Ano, de uma Escola Municipal da cidade de São José dos Pinhais - PR. Ocorreram 07 intervenções pedagógicas de 60 minutos, divididas em três momentos compreendidos por: exploração, vivência e inovação. Durante o período de intervenção pedagógica foi utilizado o instrumento “Diário de campo” como meio de coletar os dados qualitativos. Em seguida, houve a delimitação dos (as) participantes em quatro grupos focais, direcionados por uma entrevista semi-estruturada. O instrumento técnico que realizou a captação das falas dos participantes foi “gravador de voz” de um aparelho celular, modelo: Redmi Note 7. Análise dos dados: após a análise dos códigos (palavras e frases) presentes nos diários de campo, organizou-se os dados em três categorias: “O conhecimento conceitual sobre o Futbol Callejero”, “O conhecimento atitudinal sobre o Futbol Callejero”, “O Futbol Callejero como um conteúdo viável à prática docente”. O conhecimento sobre a origem geográfica, a compreensão semântica sobre o FC e caracterização dos tempos de jogo marcaram a aprendizagem conceitual. Com relação à segunda categoria, os pilares do FC (respeito, solidariedade e cooperação) estiveram intimamente ligados aos valores, atitudes e normas da dimensão atitudinal. Na terceira categoria, verificou-se que o FC se mostrou pedagogicamente viável, pois valoriza a autonomia e o protagonismo dos (as) participantes, uma vez que são eles (as) os (as) responsáveis por estabelecer as concepções, regras e as dinâmicas da prática.