Resumo

Mais que um esporte, uma paixão global

O futebol de campo é atualmente o esporte mais popular do mundo, tendo em vista que é o mais praticado, o mais assistido, com maior número de fãs e também com o maior potencial econômico. Porém, valem algumas ressalvas: não é muito apreciado na grande potência mundial, os Estados Unidos da América e outras ex-colônias inglesas, como Austrália, África do Sul, Nova Zelândia e Índia; em países orientais superpopulosos, como Japão e China é preterido – ao menos no número de praticantes – por modalidades como Judô, Tênis de Mesa e Badminton; nos países de religião muçulmana foi introduzido tardiamente, popularizando-se apenas a partir dos anos 1970. Isto significa que a sua soberania como modalidade número um, na maioria dos países da Europa, América do Sul e Central e África assegura a sua condição de fenômeno cultural global.

Não é um exagero, então, quando um historiador de renome como Eric Hobsbawn o define como um “culto proletário de massas”, pois, embora com regras complexas (vide o caso do impedimento, por exemplo), pode ser facilmente adaptado, possibilitando que um enorme contingente de populares o pratique em praças, parques, terrenos baldios ou pátios de escola. Outra condição de excepcionalidade se refere ao fato de a modalidade ter um público cativo (espectadores e telespectadores) mesmo entre aqueles que não o praticam ou praticaram. A sua definição de tempo – dois tempos de 45 minutos corridos, com poucos minutos de acréscimos e 15 minutos de intervalo – se ajustou perfeitamente à rígida grade de programação das emissoras de televisão, aumentando ainda mais a sua popularidade global. Estima-se que metade da população do mundo tenha assistido pela TV à final da Copa do Mundo de 2010, entre Espanha e Holanda.

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