Editora Mundaréu. Brasil None. 328 páginas.

Sobre

O livro fala de um futebol diferente. Que escapa à mesmice de gestos e declarações sempre afogados nas exigências comerciais de um mundo que parece – mas apenas parece – cada vez mais sem opções. Um futebol que contesta e, assim, resgata a paixão que é sua razão de ser. Como diz Celso Unzelte na apresentação, “mesmo tendo trabalhado o tema nos últimos 30 anos como jornalista e pesquisador, a imensa maioria dos relatos soou-me como inédita. Até as histórias conhecidas, porém indispensáveis, são apresentadas de forma mais que interessante, sempre beirando as emoções tão características de um jogo de futebol".
São histórias de craques comprometidos e ativos, como Sócrates e Cruyff. Jogadores que acreditavam que sua função no mundo ia além de propiciar belos gols. Jogadores que saíram da Espanha durante a Guerra Civil, que fizeram parte da KGB, que se opuseram a ditaduras na América Latina, que batalharam por reconhecimento e melhores condições de jogo, que enfrentaram o autoritarismo de técnicos e governos, que participaram de movimentos sociais, que viram outro tipo de surpresa dentro da caixinha. Franceses, italianos, espanhóis, bascos, argentinos, chilenos, brasileiros e outros que tinham algo em comum afora o talento: empatia e vontade de se manifestar.
Do texto sobre o craque internacional, passando pelos bastidores das copas, aos sobre jogadores de segunda divisão apaixonados por seu time e sua comunidade e cheios de convicção, o livro envolve qualquer tipo de leitor. Trata de paixão, de escolhas, de resistência, de história, de política, de relações familiares. Enfim, trata de futebol.