Resumo

Uma etnografia com coletivos de pessoas LGBTQIA+ que praticavam futebol society se converteu em uma ‘etnografia digital’ a partir da declaração da OMS sobre a pandemia do coronavírus, no início de 2020. A pesquisa antropológica então em curso, que ocorria em competições esportivas in loco desde 2017 acabou se tornando uma peregrinação pelo meio digital, que acompanhava perfis individuais e de clubes esportivos no intuito de entender como tais agentes lidavam com o futebol em tempos pandêmicos. A proposta deste texto é compreender os lugares possíveis de pro- dução e aparecimento destes futebóis (as redes sociais), no período de quase dois anos, e discutir como se redimensionaram nestes ‘não-lugares’. Além disso, este texto dialoga criticamente com a ideia de ‘futebol como questão social’, inaugurada no contexto brasileiro neste período pandêmico por eles como algo novidadeiro e inédito.

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