Resumo

O aumento de pessoas com Doenças Crônicas Não Comunicáveis (DCNC) a tem caracterizado como uma epidemia; sabe-se que a prática de atividade física é um dos fatores que diminuem os riscos e agravos das mesmas na população sem deficiência e que as DCNC podem influenciar na Qualidade de Vida (QV) porém, pouco se sabe sobre isto nas pessoas com amputação. Este estudo teve como objetivos: verificar a QV, DCNC, e dor de praticantes da modalidade de Futebol de Amputados, checar a prática de atividade física dos atletas e Identificar se há fatores de riscos associados à esta prática. Materiais e métodos: Todos os atletas que participaram do Campeonato Brasileiro 2018 da modalidade foram convidados. Foram utilizados dois questionários: um sobre condições de saúde em geral e o questionário WHOQOL-Bref , com a sintaxe australiana, para avaliar a QV: e o coeficiente de Crombach para validação das respostas; Por serem jogadores de alto nível a estratificação de risco para a prática de exercício físico (PEF) foi feita considerando-se a presença de DCNC e queixa de dores. Foi feita análise de distribuição de dados e teste de associações entre variáveis. A faixa etária média foi 33,20 ± 8,74 anos; 47,42% apresentaram DCNC e 57,73% relataram dor ou queixa clínica. A QV foi boa em todos os domínios, exceto no meio ambiente. Houve associação, com p< 0,05 entre o tempo de treino em minutos com número de doenças (rho = -0,288), diabetes mélitus tipo II (rho = -0,275) e dor no braço (rho = -0,181), 32,98% dos atletas foram classificados com alto risco para a PEF. Considerações finais: O estudo sugere que a modalidade esportiva pode beneficiar a QV dos atletas, porém, pode também ser fator desencadeante de dores aumentar riscos de agravo de saúde de pessoas amputadas. Sugere-se que novos estudos sejam realizados para uma melhor compreensão da etiologia das dores e dos fatores de risco envolvendo a prática desta modalidade.

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