Futebol de meninas na educação não formal: vivências e possibilidades pedagógicas

O projeto “Futebol de meninas” foi criado em 2019, a partir da escuta e valorização dos interesses de meninas integrantes do Programa de Desenvolvimento e Integração da Criança e do Adolescente (PRODECADUNICAMP). As atividades são desenvolvidas em formato de oficinas com crianças e adolescentes entre 6 e 14 anos e estão fundamentadas nos pressupostos da Educação Não Formal, pertencimento, autonomia e valorização da cultura, e nos princípios elaborados pelo professor João Batista Freire: ensinar futebol a todos; ensinar bem futebol a todos; ensinar mais que futebol a todos; ensinar a gostar de futebol. Objetivo: Co-construir ambientes de aprendizagem que estimulem a participação e o engajamento de meninas em diversas práticas de futebol, a partir de vivências e ressignificação de jogos de bolas com os pés. Desenvolvimento: Os ambientes de aprendizagem co-construídos, baseados nos referenciais da Pedagogia do Esporte (histórico-cultural; Socioeducativo e técnicotático), possibilitam às meninas: participar e se engajar em diversas práticas de futebol; vivenciar e ressignificar a cultura lúdica dos jogos de bolas com os pés; criar estratégias de jogo, por meio da solução de situações-problema; apropriar-se de conteúdos conceituais do futebol e suas diversas manifestações. Por meio de rodas de conversa, vivências de desafios individuais e coletivos, experimentação de papeis (jogadoras, árbitras, treinadoras) e (re)criação de jogos, foram desenvolvidos jogos tradicionais adaptados para os jogos de bolas com os pés; jogos reduzidos; vivência intergeracional com jogadoras do time da Faculdade de Educação Física – FEF/UNICAMP; participação em exposição/oficina sobre “Copa do Mundo de Futebol Feminino” (FEF/UNICAMP) e Campeonato de Futebol, com elaboração de times/logos pelas próprias participantes. Sugestões: Para desenvolver atividades significativas, lúdicas e potencializadoras de aprendizagens é imprescindível que as vivências sejam centradas no protagonismo e nas interações entre as meninas, o ambiente de jogo e as educadoras, tendo como premissa a escuta sensível desses processos.

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