Editora Quartier Latin. Brasil 2016. 153 páginas.

Sobre

O Brasil, por ser um País de tantas contradições, com robustos setores, gente criativa e diferenciada, montado em (infra) estruturas e instituições ainda frágeis e irresponsáveis; de potencial tão grande quanto o seu tamanho... torna-se uma terra de difíceis saídas, porém, onde as possibilidades são infinitas.

O País do futuro amadureceu (País com democracia estabelecida, apesar de seus problemas) e cresceu (oitava economia do mundo), tanto quanto suas contradições. O Brasil do presente é uma construção inacabada, composto de diferentes "Brasis' (acrescente-se aqui os Brasis que ficaram em um passado mais ou menos longínquo). Em todos eles, porém, detecta-se um elemento de conexão: a identidade com o futebol.

Agora, feche os olhos e me diga: no Brasil, de tantos Brasis, qual setor, símbolo ou atividade mais se deteriorou, decepcionou e se desvalorizou, neste século, em comparação a outros países do globo? Não tenho dúvida alguma de que, de muito longe, foi o futebol, incluindo seus clubes.

O que este livro trata, e sobretudo propõe, é um de projeto para ressuscitar uma de nossas grandes paixões. E o mais impressionante é que a proposta deste milagre (visto o processo de deterioração coletiva) tem remédios fortes, porém caseiros, que funcionaram, com as devidas adaptações, em outros países, e principalmente em outros setores da nossa economia.

Este inteligente projeto oferece uma nova engenharia tributária, o   novo regime jurídico das sociedades anônimas futebolísticas, as linhas de financiamento para o futebol, o ambiente ideal para novos investidores, os instrumentos de regulação da CVM etc. Ele propõe, enfim, o casamento do futebol brasileiro com outros agentes do Brasil que dão certo, com o propósito de formar o país que queremos. Rodrigo Monteiro de Castro e José Francisco Manssur apresentam, com sabedoria técnica, intelectual e sensibilidade cultural uma solução audaciosa, mas viável e lógica.

Essas cabeças privilegiadas vão além do que já foi proposto em países do Primeiro Mundo do futebol; por isso, suas formulações podem até servir como exemplo para problemas crônicos da organização do Futebol, no mundo. Suas soluções induzem um modelo de governança e transparência poucas vezes ou nunca visto no universo do futebol.

Aqui se apresenta, aliás, mais uma vantagem de sermos um País jovem: sustentadas em ideias criativas, nossas vocações invejadas, se bem exploradas, podem fazer história da noite para o dia, um novo Dia!

Raí

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