Resumo

Admite-se a visão de que, através do futebol, o brasileiro aprendeu a expressar-se, revelar-se, procurando contar a sua história a partir de si mesmo, mesmo sem grande clareza. Nascido elitista, na década de 1920 o fenômeno futebol já contaminava jogadores, torcedores, dirigentes, jornalistas e treinadores. Popularizou-se por ser praticado por gente simples, muito talvez pela origem humilde de atletas como Leônidas da Silva. Talvez, também como possibilidade simbólica de igualdades entre negros e brancos. A ideia de miscigenação e, particularmente, a presença do negro na composição social brasileiro, teria – com grande participação da mídia – implantado a visão de que nossas predisposições raciais teriam trazido ao futebol brasileiro a ginga e a malícia, além do improviso. Definitivamente, não é bem assim.

Referências

-Alabarces, P. Fútbol y pátria: el fútbol y las narrativas de la nación em la Argentina. Buenos Aires: Prometeo Libros Editorial. 2002.

-Caldas, W. O pontapé inicial. Memória do futebol brasileiro (1894-1933). SP: IBRASA. 1990.

-Freyre, G. Sociologia. Rio de Janeiro: José Olympio. 1945.

-Kupper, A.; Chenso, P. A. História Crítica do Brasil. SP: FTD. 1998.

-Mazzoni, T. História do futebol no Brasil. SP: Leia. 1950.

-Nogueira, O. Preconceito racial de marca e preconceito racial de origem: sugestão de um quadro de referência para a interpretação do material sobre relações raciais no Brasil. Tempo Social. Vol. 19. Núm. 1. 2007.

-Pereira, A. M. Footballmania: uma História Social do Futebol no Rio de Janeiro, 1902-1938. RJ: Nova Fronteira. 2000.

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