Resumo

O futebol destaca-se como uma das modalidades mais reconhecidas no meio esportivo, que por sua vez, possibilita um espaço de participação de todas as pessoas. Nesse sentido, se faz necessário compreender como os(as) professores(as) e estudantes de Educação Física do Vale do São Francisco pensam, discutem e desenvolvem as questões de inclusão e gênero a partir do ensino do Futebol. As informações desse estudo surgiram por meio da inscrição dos(as) participantes no 1º Encontro Acadêmico sobre Estudos do Futebol, organizado pela equipe do Projeto Futebol sem Fronteiras, IFSertãoPE, Campus Petrolina, por meio do Google Forms. O evento abordou temáticas sobre questões étnico-raciais no futebol, treinamento desportivo e preparação física para a modalidade. No ato da inscrição, os(as) participantes foram problematizados sobre as seguintes questões, a saber; a) participação em evento na região sobre a temática do futebol, b) Experiências profissionais sobre o ensino do futebol, c) Perspectiva de ensino desenvolvida (Educacional, rendimento, participação ou lazer, inclusivo) e d) problematizações acerca das questões de inclusão e gênero. Os resultados evidenciaram que dos 47 profissionais e estudantes de Educação Física inscritos no evento, 35 eram homens CIS e 12 mulheres CIS, apenas 13 participantes que representa 27,7% sinalizaram que participaram de eventos com discussões sobre a temática na região. Em se tratando de experiências profissionais sobre o ensino do futebol, 68,1% (32) dos(as) participantes trabalharam com essa modalidade, e 31,9% (15) nunca tiveram nenhuma experiência. No que concerne a perspectiva de ensino a qual foi trabalhada por esses(as) educadores(as) em algum momento de sua formação e/ou atuação profissional, cerca de 46,87% (15) trabalharam ou trabalham com essa modalidade no contexto educacional; 28,12% (9) rendimento; 18,75% (6) participação ou lazer e 6,25% (2) de forma inclusiva. Os(as) participantes também foram questionados se abordavam e como problematizavam as questões de inclusão e gênero a partir do ensino do futebol. Evidenciamos que somente 27,7% (13) afirmam que durante sua ação docente tematizam esses marcadores sociais. Com relação aos posicionamentos dos(as) participantes sobre como abordam as temáticas de inclusão em suas práticas de ensino, alguns(mas) participantes contextualizam que promovem o “Futebol adaptado” (p.1) o que necessita “Adaptação materiais e espaços adequando as especificidades de cada deficiência” (p.2). Em relação a tematização sobre gênero nas atividades os(as) professores(as) afirmaram, “promover a convivência em grupo, ajudar no crescimento pessoal, na percepção da participação de cada um na sociedade” (P.3) e “Com atividades lúdicas envolvendo ambos os sexos”

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