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Não é de hoje que a violência nos grandes centros urbanos saiu das ruas para invadir, também, os estádios de futebol.
Fenômeno complexo que mistura fanatismo com desesperança, perda de identidade e válvulas de escape, torcidas adversárias passaram a se tratar como inimigas e a tornar impossível a coexistência pacífica.
Soluções já foram encontradas de certa maneira em alguns países pelo mundo afora, já que o problema não é monopólio nacional. Soluções as mais diversas também já foram propostas no Brasil, nem sempre por quem está mais habilitado para tal. Autoridades até há que se aproveitam dos conflitos para ter seus quinze minutos de fama. E jornalistas, como o abaixo-assinado, muitas vezes simplificam a questão, ao se deixarem levar pelo horror impressionista de certas cenas, que incluem mortes nos estádios.
Felizmente, a violência das torcidas invadiu, ainda, e agora no bom sentido, a universidade. Pode ser o começo de seu fim, porque é certamente o ambiente mais capaz de olhar de maneira adequada para o fenômeno. É isso que faz, aqui, Heloisa Helena Baldy dos Reis, que reúne títulos e experiências suficientes para contribuir de maneira decisiva na solução de uma questão fartamente responsável pelo esvaziamento dos estádios brasileiros, segundo as pesquisas demonstram.