Resumo

O presente trabalho tem como finalidade relatar as experiências do projeto de extensão Escola de Esportes, vinculado a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que possui uma frente intitulada Futsal Feminista. Essa frente tem como objetivo ser um espaço para que mulheres com e sem vínculo com a universidade, possam aprender e praticar o esporte com outras mulheres e ter um espaço para dialogar e refletir sobre os desafios e desigualdades na sociedade. O propósito deste trabalho é apresentar a análise feita das experiências no projeto de extensão Futsal Feminista relacionando com a teoria feminista de bell hooks. O Futsal Feminista iniciou em 2022 e está vinculado à um projeto de pesquisa que investiga a prática pedagógica no ensino dos esportes. Para isso, o projeto de pesquisa e extensão é desenvolvido em um modelo de pesquisa-ação, organizado em dois momentos (a) reuniões periódicas e (b) aulas regulares. Nas reuniões periódicas (a), um grupo, constituído por uma aluna de doutorado, que é a professora/treinadora, duas bolsistas de Iniciação Científica, um aluno de graduação, uma coordenadora e um coordenador do projeto, ambos docentes da Universidade, se reúne semanalmente para discutir e refletir sobre as aulas e demais ações do projeto. O segundo momento (b) é constituído por aulas regulares, que acontecem duas vezes por semana no ginásio da Escola Superior de Educação Física, Fisioterapia e Dança (ESEFID) da universidade. Ao observar as experiências no projeto, pude perceber semelhanças entre o que acontecia nas aulas e o que bell hooks discorre em suas obras sobre o ensino, o que pode interferir no processo de ensino e aprendizagem e a importância da interação entre professoras/es e alunas/os para que o aprendizado aconteça, a partir da criação de uma comunidade (HOOKS, 2020).

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